segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Teatro Surrealista

O dramaturgo francês Antonin Artaud é o maior representante do surrealismo no teatro, através de seu teatro da crueldade. Artaud buscava, através de suas peças teatrais, livrar o espectador das regras impostas pela civilização e assim despertar o inconsciente da platéia. Um das técnicas usadas pelo dramaturgo foi unir palco e platéia, durante a realização das peças. Nas décadas de 40 e 50 os princípios do surrealismo influenciaram o Teatro do Absurdo.

PARA SABER MAIS...

Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud (Marselha, 4 de setembro de 1896 — Ivry-sur-Seine, Paris em 4 de março de 1948) foi um poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês de aspirações anarquistas. Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário a filiação ao partido comunista. Sua obra O Teatro e seu Duplo é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowski e Eugenio Barba. Seus restos mortais se encontram no Cimetiere de Marseille, França.

Vida

Em 1937, Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco. Internado em vários manicômios franceses, cujos tratamentos são hoje duvidosos, ele é transferido após seis anos para o hospital psiquiátrico de Rodez, onde permanece ainda três anos.

Em Rodez, Artaud estabelece com o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, uma intensa correspondência. Uma relação ambígua se estabelece entre os dois: o médico reconhece o valor do poeta e o incentiva a retomar a atividade literária mas, julgando a poesia e o comportamento de seu paciente muito delirante, ele o submete a tratamentos de eletrochoque que prejudicam sua memória, seu corpo e seu pensamento.

Existe aqui um afrontamento entre dois mundos, o da medicina e razão social e o do poeta cuja razão ultrapassa a lógica normal do “homem saudável”.

As cartas escritas de Rodez são para Artaud um recurso para não perder sua lucidez. Elas revelam um homem em terrível estado de sofrimento, nos falando de sua dor através de uma escritura mais íntima e mais espontânea. São os diálogos de um desesperado com seu médico e através dele com toda a sociedade.

“Não quero que ninguém ignore meus gritos de dor e quero que eles sejam ouvidos”.

Obras

Para Artaud, o teatro é o lugar privilegiado de uma germinação de formas que refazem o ato criador, formas capazes de dirigir ou derivar forças.

Em 1935 Artaud conclui o "Teatro e seu Duplo" (Le Théâtre et son Double), um dos livros mais influentes do teatro deste século. Na sua obra ele expõe o grito, a respiração e o corpo do homem como lugar primordial do ato teatral, denuncia o teatro digestivo e rejeita a supremacia da palavra. Esse era o Teatro da Crueldade de Artaud, onde não haveria nenhuma distância entre ator e platéia, todos seriam atores e todos fariam parte do processo, ao mesmo tempo.

Em Rodez, além de suas cartas (lettres au docteur Ferdière) ele elabora uma prática vocal, apurada dia a dia, associada à manifestações mágicas. A voz bate, cava, espeta, treme, a palavra toma uma dimensão material, ela é gesto e ato.

Artaud volta a Paris em 1946, onde dois anos depois é encontrado morto em seu quarto no hospício do bairro de Ivry-sur-Seine. Neste período, além de uma importante produção literária ele desenha, prepara conferências e realiza a emissão radiofônica "Para acabar com o juízo de Deus" (Pour en finir avec le jugement de dieu), onde sua vontade expressiva se alia a um formalismo cuidadoso.

Se nos anos 30 o teatro para Artaud é “o lugar onde se refaz a vida”, depois de Rodez ele é essencialmente o lugar onde se refaz o corpo. O “corpo sem órgãos” é o nome deste corpo refeito e reorganizado que uma vez libertado de seus automatismos se abre para “dançar ao inverso”.

“A questão que se coloca é de permitir que o teatro reencontre sua verdadeira linguagem, linguagem espacial, linguagem de gestos, de atitudes, de expressões e de mímica, linguagem de gritos e onomatopéias, linguagem sonora, onde todos os elementos objetivos se transformam em sinais, sejam visuais, sejam sonoros, mas que terão tanta importância intelectual e de significados sensíveis quanto a linguagem de palavras.”

O seu trabalho ainda inclui, ensaios e roteiros de cinema, pintura e literatura, diversas peças de teatro, inclusive uma ópera, notas e manifestos polêmicos sobre teatro, ensaios sobre o ritual do cacto mexicano peyote entre os índios Tarahumara (Les Tarahumaras), aparições como ator em dois grandes filmes e outros menores.

Artaud escreveu: "Não se trata de assassinar o público com preocupações cósmicas transcendentes. O fato de existirem chaves profundas do pensamento e da ação segundo as quais todo espetáculo é lido é coisa que não diz respeito ao espectador em geral, que não se interessa por isso. Mas de todo o modo é preciso que essas chaves estejam aí, e isso nos diz respeito" - em Teatro e seu duplo.

Fonte: Wikipedia.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Expressionismo e Surrealismo





Bertolt Brecht

Sempre ouço falar de Brecht, resolvi conhecê-lo melhor, aí vai:

Eugen Berthold Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de Fevereiro de 1898 — Berlim, 14 de Agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955.

Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. Sua praxis é uma síntese dos experimentos teatrais de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental da Rússia soviética, entre os anos 1917-1926. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.

Biografia
Nascido no Estado Livre da Baviera, extremo sul da Alemanha, Brecht estudou medicina e trabalhou como enfermeiro num hospital em Munique durante a Primeira Guerra Mundial. Filho de Berthold Brecht, que era diretor de uma fábrica de papel, católico, exigente e autoritário, e de Sophie Brezing (em solteira), protestante, que fez seu filho ser batizado nesta igreja.

Suas primeiras peças foram encenadas na vizinha Munique. Baal (1918/1926) e Tambores na Noite (Trommeln in der Nacht) (1918-1920)). Em sua participação no teatro Brecht conhece o diretor de teatro e cinema Erich Engel com quem veio a trabalhar até o fim da sua vida.

Depois da primeira grande guerra mudou-se para Berlim, onde o influente crítico, Herbert Ihering, chamou-lhe a atenção para a apetência do público pelo teatro moderno. Trabalha inicialmente com Erwin Piscator, famoso por suas cenas Piscator, como eram chamadas, cheias de projeções de filmes, cartazes, etc. Em Berlim, a peça Im Dickicht der Städte, protagonizada por Fritz Kortner e dirigida por Engel, tornou-se o seu primeiro sucesso.

O Nazismo afirmava-se como a força renovadora que iria reerguer o país, pretendendo reviver o Sacro Império Romano-Germânico. Mas, ao mesmo tempo, chegavam à Alemanha influências da recém formada União Soviética.

Com a eleição de Hitler, em 1933, Brecht exila-se primeiro na Áustria, depois Suíça, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Inglaterra, Rússia e finalmente nos Estados Unidos. Recebeu o Prêmio Lênin da Paz em 1954.

Seus textos e montagens o fizeram conhecido mundialmente. Brecht é um dos escritores fundamentais deste século: revolucionou a teoria e a prática da dramaturgia e da encenação, mudou completamente a função e o sentido social do teatro, usando-o como arma de conscientização e politização.

Interpretação épica
Segundo Rosenfeld, "Foi desde 1926 que Brecht começou a falar de ‘teatro épico’, depois de pôr de lado o termo ‘drama épico’, visto que o cunho narrativo da sua obra sòmente se completa no palco" (ROSENLD, 1965, p. 146), é possível inferir, portanto, a importância que a encenação tem para os textos brechtianos. É só através da atitude dos atores, do cenário, da música, dos sons e até do silêncio que seu pensamento se completa, só através destes elementos que seu texto causará o efeito desejado, caso o contrário seu não causará o impacto devido.

No início de sua carreira Brecht estabelece os elementos de uma nova forma de interpretação para o ator. Em, a propósito dos critérios de apreciação da arte dramática, defende o ator Peter Lore de críticas negativas dizendo que uma interpretação gestual levará o público a exercer uma operação crítica do comportamento humano. Afirma que cada palavra deve encontrar um significado visual e através do gesto o espectador pode compreender as alternativas da cena (Peixoto, 1974, 2. edição, pg; 68).

Peixoto descreve que para Brecht a interpretação gestual deve muito ao cinema mudo, principalmente a Chaplin, que elaborara uma nova forma de figuração do pensamento humano (Peixoto, 1974, 2. edicão, pg; 68). Esta preocupação levará a que Brecht defina o conceito de gestus na interpretação e montagem de suas peças.


Fonte: Wikipedia.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sonho de Uma Flauta



("O Teatro Mágico" - Essa foi a música que eu escolhi pra cantar nos nossos encontros, deixo aqui para conhecerem melhor!)

Movimentos Artísticos

Surrealismo -Movimento artístico e literário surgido primariamente em Paris dos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo, reunindo artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo e posteriormente expandido para outros países. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Seus representantes mais conhecidos são Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí no campo das artes plásticas, André Breton na literatura e Luis Buñuel no cinema. As características deste estilo: uma combinação do representativo, do abstrato, e do psicológico. Segundo os surrealistas, a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, expressando o inconsciente e os sonhos. No Brasil, o surrealismo é uma das muitas influências captadas pelo modernismo. O Surrealismo destacou-se nas artes, principalmente por quadros, esculturas ou produções literárias que procuravam expressar o inconsciente dos artistas, tentando driblar as amarras do pensamento racional. Entre seus métodos de composição estão a escrita automática.

Dadaísmo -O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi uma vanguarda moderna iniciada em Zurique, em 1916, no chamado Cabaret Voltaire, por um grupo de escritores e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão e que era liderado por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp. Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de brinquedo, sua utilização marca o non-sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na língua de um bebê). O Dadaísmo é caracterizado pela oposição a qualquer tipo de equilíbrio, pela combinação de pessimismo irônico e ingenuidade radical, pelo ceticismo absoluto e improvisação. Enfatizou o ilógico e o absurdo. Entretanto, apesar da aparente falta de sentido, o movimento protestava contra a loucura da guerra. Assim, sua principal estratégia era mesmo denunciar e escandalizar. A princípio, o movimento não envolveu uma estética específica, mas talvez as formas principais da expressão dadá tenham sido o poema aleatório e o ready made. Sua tendência extravagante e baseada no acaso serviu de base para o surgimento de inúmeros outros movimentos artísticos do século XX, entre eles o Surrealismo, a Arte Conceitual, a Pop Art e o Expressionismo Abstrato.
É niilista, busca uma desvalorização e a morte do sentido, estimula o espontâneo, trabalham com o acaso, fazem montagens e colagem de imagem e das diferentes formas de expressão, incorporam objectos, sons e imagens do cotidiano nas suas obras. Abrange as áreas das artes plásticas, fotografia, música, teatro, etc.

Modernismo -Chama-se genericamente modernismo (ou movimento moderno) o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar pontos de convergência entre os vários movimentos, eles em geral se diferenciam e até mesmo se antagonizam. Encaixam-se nesta classificação a literatura, a arquitectura, design, [pintura moderna|pintura], escultura, teatro e a música modernas. O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a idéia de reexaminar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.

Expressionismo -O expressionismo foi um movimento cultural de vanguarda surgido na Alemanha nos primórdios do século XX, que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva. O expressionismo plasmou-se num grande número de campos: artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança, fotografia, etc. A sua primeira manifestação foi no terreno da pintura, ao mesmo tempo que o fauvismo francês, fato que tornaria ambos movimentos artísticos nos primeiros expoentes das chamadas "vanguardas históricas". Mais que um estilo com características próprias comuns foi um movimento heterogêneo, uma atitude e uma forma de entender a arte que aglutinou diversos artistas de tendências diversas e diferente formação e nível intelectual. Surgido como reação ao impressionismo, frente ao naturalismo e o caráter positivista deste movimento de finais do século XIX os expressionistas defendiam uma arte mais pessoal e intuitiva, onde predominasse a visão interior do artista –a "expressão"– frente à plasmação da realidade –a "impressão"–. O expressionismo acostuma ser entendido como a deformação da realidade para expressar mais subjetivamente a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão dos sentimentos mais que à descrição objetiva da realidade. Em uma acepção mais ampla, a palavra “expressionismo” se refere a qualquer manifestação subjetiva e psicológica da criação humana.

Impressionismo -Movimento artístico que surgiu na pintura européia do século XIX. O nome do movimento é derivado da obra Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet. Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os preceitos do Realismo ou da academia. A busca pelos elementos fundamentais de cada arte levou os pintores impressionistas a pesquisar a produção pictórica não mais interessados em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza. A emergente arte visual do Impressionismo foi logo seguida por movimentos análogos em outros meios quais ficaram conhecidos como, música impressionista e literatura impressionista.

Naturalismo -Escola literária conhecida por ser a radicalização do Realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade. A escola esboçou o que pode-se declarar como os primeiros passos do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin. Os romances naturalistas se destacam pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de estar lendo uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita. Os naturalistas acreditavam que o indivíduo é mero produto da hereditariedade e seu comportamento é fruto do meio em que vive e sobre o qual age. A perspectiva evolucionista de Charles Darwin inspirava os naturalistas, que acreditavam ser a Seleção Natural impulsionadora da transformação das espécies. Assim, predomina nesse tipo de romance o instinto, o fisiológico e o natural, retratando a agressividade, a violência, o erotismo como elementos que compõem a personalidade humana.

Arte moderna -Termo usado para designar a maior parte da produção artística do fim do século XIX até meados dos anos 1970 (embora não haja consenso sobre essas datas e alguns de seus traços distintivos[1]), enquanto que a produção mais recente da arte é chamada frequentemente de arte contemporânea (alguns preferem chamar de arte pós-moderna). A arte moderna se refere a uma nova abordagem da arte em um momento no qual não mais era importante que ela representasse literalmente um assunto ou objeto (através da pintura e da escultura) -- o advento da fotografia fez com que houvesse uma diminuição drástica na demanda por certos meios artísticos tradicionais, a pintura especialmente. Ao invés disso, e é aí que a idéia de moderno começa a tomar forma, os artistas passam a experimentar novas visões, através de idéias inéditas sobre a natureza, os materiais e as funções da arte, e com freqüência caminhando em direção à abstração. A noção de arte moderna está estreitamente relacionada com o modernismo.

Fonte: Wikipedia.

domingo, 8 de novembro de 2009

O Buquê

Toca a campanhia... Um buquê...





Assinado um nome estranho, mas que Rebeca já conhecia... Nikos!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O estilo de Bojunga

Lygia Bojunga Nunes tem recebido reiterados elogios da crítica especializada, quer brasileira, quer estrangeira. No cenário brasileiro, com freqüência tem sido reportada como a herdeira ou sucessora de Monteiro Lobato, por estabelecer um espaço em que a criança tem — através da liberdade da imaginação — uma chave para a resolução de conflitos, o que Monteiro Lobato mostrou saber fazer com maestria.

Algumas vezes, no cenário internacional, costuma-se compará-la a Saint-Exupéry e a Maurice Druon, pela notável sensibilização infantil destes através de O pequeno príncipe e O menino do dedo verde, respectivamente. Com efeito, misturando com habilidade o real e a fantasia, Lygia alcança, num estilo fluente, entre o coloquial e o monólogo interior, perfeita comunicação com seu leitor.

Consciente de que literatura é comunicação, a autora não recusa tratar de temas considerados problemáticos como suicídio, em 7 cartas e 2 sonhos (1983) e O meu amigo pintor (1987); assassinato, em Nós três (1987) e abandono dos filhos pela mãe, no conto Xau, no volume do mesmo nome (1985).

Com o livro Um encontro com Lygia Bojunga Nunes (1988), reuniu textos sobre sua relação com a literatura, apresentando, de forma dramatizada, o resultado de seu trabalho.

Esse é também o início de uma reflexão metaliterária, que se estende por Paisagem e Fazendo Ana Paz, ambos de 1992, onde refletiu sobre o que é fazer literatura, fazendo literatura, linha que tem em Feito à mão (1996), uma realização radical, pois o livro foi feito com papel reciclado e fotocopiado — uma alternativa à produção industrial.

Com Seis vezes Lucas e O abraço, também de 1996, retoma um tema instigante deste final de século: uma literatura dirigida a qualquer leitor, estando no objeto-livro a maneira de adequá-la às diversas etapas da vida humana.

É um dos maiores nomes da literatura infanto-juvenil brasileira e mundial, assim consagrada pela qualidade de sua obra e caracterização da problemática da criança, acuada dentro do núcleo familiar.

Sua obra já foi publicada em alemão, francês, espanhol, sueco, norueguês, islandês, holandês, dinamarquês, japonês, catalão, húngaro, búlgaro e finlandês.

Seus livros têm sido altamente recomendados pela crítica européia e estão sendo radiofonizados em vários países, sendo que um deles,Corda bamba, foi filmado na Suécia.

Casada com um inglês, vive parte de seu tempo em Londres e parte no Rio de Janeiro. A autora prepara uma transposição para o teatro de 7 cartas e 2 sonhos.

Fonte: Wikipedia.

BIO-BIBLIOGRAFIA - LYGIA BOJUNGA


Escritora brasileira, escreveu inicialmente os seus livros sob o nome Lygia Bojunga Nunes. Nasceu em Pelotas no dia 26 de agosto de 1932 e cresceu numa fazenda. Aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro onde em 1951 se tornou atriz numa companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. A predominância do analfabetismo que presenciou nessas viagens levou-a a fundar uma escola para crianças pobres do interior, que dirigiu durante cinco anos. Trabalhou durante muito tempo para o rádio e a televisão, antes de debutar como escritora de livros infantis em 1972.

Num continente que se tornou conhecido por seu realismo mágico e contos fantásticos, a literatura infantil brasileira caracteriza-se por uma acentuada transgressão dos limites entre a fantasia e a realidade. Lygia Bojunga é uma escritora que perpetuou esta tradição e a tornou perfeita. Para ela, o quotidiano está repleto de magia: onde brotam os desejos tão pesados que literalmente não é possível erguê-los, onde alfinetes e guarda-chuvas conversam tão obviamente como os peões e as bolas, onde animais vivem vidas tão variadas e vulneráveis como as pessoas. Imperceptivelmente, o concreto da realidade transforma-se noutra coisa, não num outro mundo, mas num mundo dentro do mundo dos sentidos, onde a linha entre o possível é tão difusa como fácil de ultrapassar. A tristeza vive com Bojunga juntamente com o conforto, a calma alegria com a estonteante aventura e no centro da fantasia da escrita está a criança, muitas vezes sozinha e abandonada, sempre sensível, sempre cheia de fantasias. A morte não é tabu, a desilusão também não, mas além da próxima esquina, espera a cura. Numa prosa lírica e marcante, pinta as suas imagens e não importa se a solidão é muito amarga, há sempre um sorriso que expressa uma compaixão com os mais pequenos, que nunca se torna sentimental.

Os textos de Bojunga baseiam-se fortemente na perspectiva da criança. Ela observa o mundo através dos olhos brincalhões da criança. Aqui é tudo possível: os seus personagens podem fantasiar um cavalo no qual cavalgam a galope ou desenhar uma porta numa parede, que atravessam no momento seguinte. As fantasias servem geralmente para ultrapassar experiências pessoais difíceis: quando a personagem principal em Corda Bamba, 1979 usa uma corda para entrar em uma casa estranha com muitas portas fechadas, do outro lado da rua, é na prática uma forma de curar a tristeza depois de ter perdido os seus pais numa morte inesperada. Em A Casa da Madrinha, 1987 percebemos depressa que as experiências fantásticas de Alexandre durante a sua busca pela casa longínqua de sua madrinha são na realidade a concretização das fantasias de felicidade e amparo de um menino da rua abandonado. É uma história que se aproxima do conto de Astrid Lindgren Sunnanäng. A fantasia psicológica de Bojunga emerge novamente nos contos com animais: quando o tatuzinho Vítor em O Sofá Estampado, 1980 se sente nervoso, começa a tossir e arranhar o sofá – até entrar um momento mais tarde nos seus tempos de infância.

O realismo mágico e perspicácia psicológica reúnem-se a uma paixão pelo social e pela democracia. Bojunga, que começou a escrever quando ainda dominava a ditadura no Brasil, dirigia atividades subversivas. Isto torna-se mais fácil em literatura infantil porque – nas palavras de Bojunga – os generais não lêem livros destinados às crianças. Nestes livros, encontram-se galos de briga com o cérebro costurado com arame e pavões com filtros de pensamento que se removem com um saca-rolhas. Os ventos da liberdade são fortes nos livros de Bojunga, onde a crítica contra a falta de igualdade entre os sexos é um tema recorrente. Mas Bojunga nunca dá sermões, o sério é sempre equilibrado pela brincadeira e o humor absurdo. Os sonhos inflados de Raquel em A Bolsa Amarela, 1976, são literalmente perfurados por um alfinete, e transformados em pipas de papel que voam para bem distante à mercê dos ventos.

Bojunga (que costuma apresentar-se em público com monólogos dramáticos) tem o dom da narrativa oral que prende o leitor logo na primeira página. Também escreveu peças teatrais e gosta de usar descrições cênicas. Num dos seus livros, Angélica, 1975, incluiu uma peça de teatro completa. Não é sempre a história em si que é o mais importante nos seus livros, por vezes une-se um acontecimento ao outro em longas cadeias (como nas narrativas orais), onde o personagem principal poderá por vezes desaparecer do centro de atenção. A tônica está na própria narrativa, com os seus tons humorísticos e poéticos, e na sensação estranha de liberdade que brota quando tudo é possível. A forma refinada como Bojunga deixa cores expressarem emoções contribui fortemente para a extraordinária beleza dos seus livros. Esta expressão é talvez mais marcante em O Meu Amigo Pintor, 1978 (também transformado em peça teatral), que descreve como um personagem, um menino, tenta curar a sua tristeza pela morte de um pintor com a ajuda das cores. Um relógio é amarelo ao tocar as horas, para voltar a ser branco quando pára. Amarelo é a cor preferida de Bojunga, ligada à alegria da vida, tornou-se o tema predileto desde o seu primeiro livro Os Colegas, 1972.

Por vezes, Bojunga prefere ficar na realidade e mostrar então o seu olhar psicológico penetrante: Seis Vezes Lucas, 1995, descreve, como na obra anterior, Tchau, 1984, a infidelidade, conflitos matrimoniais e divórcio do ponto de vista impotente – mas esperançoso – da criança. Bojunga entra sem medo no domínio dos adultos, na sua escolha de justificativas encostando-se com todo o direito à sua enorme capacidade de concretizar e personificar as sombras interiores em histórias fáceis de entender.

Como Hans Christian Andersen, com quem se aparenta claramente, Bojunga equilibra-se com perícia na linha entre o humor e o sério. No seu mais recente livro, Retratos de Carolina, 2002, domina o sério. Esta escritora fascinada pelo experimento tenta aqui novos caminhos. Em uma narrativa que se aproxima da formas do meta-romance, permite que o leitor siga o personagem principal desde a infância até à vida adulta. Deste modo, Bojunga rompe as fronteiras da literatura infanto-juvenil e preenche assim as ambições que enuncia no texto final e no prefácio do livro: dar lugar a si própria e às personagens que criou dentro duma só casa, “uma casa que eu inventei”.

As obras de Bojunga estão traduzidas para várias línguas, entre as quais francês, alemão, espanhol, norueguês, sueco, hebraico, italiano, búlgaro, checo e islandês. Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti (1973), o prestigiado Prêmio Hans Christian Andersen (1982) e o Prêmio da Literatura Rattenfänger (1986).

Fonte: Bio-Biografia.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Conto: "Sala de Espera"

Sala de espera de dentista. Homem dos seus quarenta anos. Mulher jovem e bonita. Ela folheia uma Cruzeiro de 1950. Ele finge que lê uma Vida dentária.

Ele pensa: que mulherão. Que pernas. Coisa rara, ver pernas hoje em dia. Anda todo mundo de jeans. Voltamos à época em que o máximo era espiar um tornozelo. Sempre fui um homem de pernas. Pernas com meias. Meias de náilon. Como eu sou antigo. Bom era o barulhinho. Suish-suish. Elas cruzavam as pernas e fazia suish-suish. Eu era doido por um suish-suish.

Ela pensa: cara engraçado. Lendo a revista de cabeça para baixo.

Ele: te arranco a roupa e te beijo toda. Começando pelo pé. Que cena. A enfermeira abre a porta e nos encontra nus sobre o carpete, eu beijando o pé. O que é isso?! Não é o que a senhora está pensando. É que entrou um cisco no olho desta moça e eu estou tentando tirar. Mas o olho é na outra ponta! Eu ia chegar lá. Eu ia chegar lá.

Ela: ele está olhando as minhas pernas por baixo da revista. Vou descruzar as pernas e cruzar de novo. Só para ele aprender.

Ele: ela descruzou e cruzou de novo! Ai meu Deus. Foi pra me matar. Ela sabe que eu estou olhando. Também, a revista está de cabeça pra baixo. E agora? Vou ter que dizer alguma coisa.

Ela: ele até que é simpático, coitado. Grisalho. Distinto. Vai dizer alguma coisa...

Ele: o que é que eu digo? Tenho que fazer alguma referência à revista virada. Não posso deixar que ela me considere um bobo. Não sou um adolescente. Finjo que examino a revista mais de perto, depois digo "Sabe que só agora me dei conta de que estava lendo essa revista de cabeça para baixo? Pensei que fosse em russo." Aí ela ri e eu digo "E essa sua Cruzeiro? Tão antiga que deve estar impressa em pergaminho, é ou não é? Deve ter desenhos infantis do Millôr." Aí riremos os dois, civilizadamente. Falaremos nas eleições e na vida em geral. Afinal, somos duas pessoas normais, reunidas por circunstância numa sala de espera. Conversaremos cordialmente. Aí eu dou um pulo e arranco toda a roupa dela.

Ela: ele vai falar ou não? É do tipo tímido. Vai dizer que tempo, né? A senhora não acha? É do tipo que pergunta "Senhora ou senhorita?" Até que seria diferente. Hoje em dia a maioria já entra rachando... Vamos variar de posição, boneca? Mas espere, nós ainda nem nos conhecemos, não fizemos amor em posição nenhuma! É que eu odeio as preliminares. Esse é diferente. Distinto. Respeitador.

Ele: digo o quê? Tem um assunto óbvio. Estamos os dois esperando a vez num dentista. Já temos alguma coisa em comum. Primeira consulta? Não, não. Sou cliente antiga. Estou no meio do tratamento. Canal? É. E o senhor? Fazendo meu check-up anual. Acho que estou com uma cárie aqui atrás. Quer ver? Com esta luz não sei se... Vamos para o meu apartamento. Lá a luz é melhor. Ou então ela diz pobrezinho, como você deve estar sofrendo. Vem aqui e encosta a cabecinha no meu ombro, vem. Eu dou um beijinho e passa. Olhe, acho que um beijo por fora não adianta. Está doendo muito. Quem sabe com a sua língua...

Ela: ele desistiu de falar. Gosto de homens tímidos. Maduros e tímidos. Ele está se abanando com a revista. Vai falar do tempo. Calor, né? Aí eu digo "É verão". E ele: "É exatamente isso! Como você é perspicaz. Estou com vontade de sair daqui e tomar um chope". "Nem me fale em chope." "Você não gosta de chope?" "Não, é que qualquer coisa gelada me dói a obturação". "Ah, então você está aqui para consultar o dentista, como eu. Que coincidência espantosa! Os dois estamos com calor e concordamos que a causa é o verão. Os dois temos o mesmo dentista. É o destino. Você é a mulher que eu esperava todos estes anos. Posso pedir sua mão em noivado?"

Ele: ela está chegando ao fim da revista. Já passou o crime do Sacopã, as fotos de discos voadores... Acabou! Olhou para mim. Tem que ser agora. Digo: "Você está aqui para limpeza de pernas? Digo, de dentes? Ou para algo mais profundo como uma paixão arrebatadora por pobre de mim?"

Ela: e se eu disser alguma coisa? Estou precisando de alguém estável na minha vida. Alguém grisalho. Esta pode ser a minha grande oportunidade. Se ele disser qualquer coisa, eu dou o bote. "Calor, né?" "Eu também te amo!"

Ele: melhor não dizer nada. Um mulherão desses. Quem sou eu? É muita perna pra mim. Se fosse uma só, mas duas! Esquece, rapaz. Pensa na tua cárie que é melhor. Claro que não faz mal dizer qualquer coisinha. Você vem sempre aqui? Gosto do Roberto Carlos? O que serão os buracos negros? Meu Deus, ela vai falar!

- O senhor podia...

- Não! Quero dizer, sim?

- Me alcançar outra revista?

- Ahn... Cigarra ou Revista dda Semana?

- Cigarra.

Aqui está.

- Obrigada.

Aí a enfermeira abre a porta e diz:

- O próximo.

E eles nunca mais se vêem.

(De: Luiz Fernando Veríssimo)

Quem é Veríssimo?!

Luiz Fernando Veríssimo - (Porto Alegre, 26 de setembro de 1936) é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e copy desk de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Érico Verissimo.

Algumas de suas obras:
Crônicas e contos (inéditos)
O Popular (1973, ed. José Olympio)
A Grande Mulher Nua (1975, ed. José Olympio)
Amor Brasileiro (1977, ed. José Olympio)
O Rei do Rock (1978, ed. Globo)
Ed Mort e Outras Histórias (1979, ed. L&PM)
Sexo na Cabeça (1980, ed L&PM)
O Analista de Bagé (1981, ed. L&PM)
A Mesa Voadora (1982, ed. Globo)

Crônicas e contos (antologias e reedições)
O Gigolô das Palavras (1982, ed. L&PM)
Comédias da Vida Privada (1994, ed. L&PM)
Novas Comédias da Vida Privada (1996, ed. L&PM)
Ed Mort, Todas as Histórias (1997, ed. L&PM)
Aquele Estranho Dia que Nunca Chega (1999, Editora Objetiva)
A Eterna Privação do Zagueiro Absoluto (1999, Editora Objetiva)
Histórias Brasileiras de Verão (1999, Editora Objetiva)
As Noivas do Grajaú (1999, ed. Mercado Aberto)

E ainda tem muito mais, pra outras informações: Luiz Fernando Veríssimo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

The Voca People

Um grupo que trabalha com a VOZ, muito interessante para vermos as capacidades que podemos adquirir com treino, a voz do ser humano realmente é incrível e capaz de verdadeiros espetáculos.

The Voca People - Absolutamente imperdível. Conheça o "The Voca People". Um grupo teatral que mistura beat box, performance teatral, tudo sem nenhum instrumento. Apenas com a garganta.

O grupo israelense The Voca People se apresentará dia 27 no "Domingão do Faustão". Antes, o grupo fará três apresentações em Brasília, nos próximos dias 19, 20, 21. Os integrantes do The Voca People se autodenominam "Aliens do Planeta Voca" e só se comunicam por meio de expressões vocais. O grupo é campeão de acessos no Youtube.



Fontes: Dihitt, Patrícia Kogut e Youtube The Voca People.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

TRAVA LÍNGUAS - Parte II

O RATO E A ROUPA DO REI
(Hardy Guedes)


O rato roeu a roupa do rei de Roma
Que irritava o rato com roubo bem novo
Que em Roma reinava um rei roncador.

O rato com raiva do rombo do roubo do rei
Resolveu roer a roupa real
Rock rock que rock fez o roedor.

A rainha arrumando a roupa não reparou
E não reparando não remendou
A roupa do rei que o rato roeu.

E o rei no reino de Roma de roupa rasgada
Recebeu na rua só riso e risada
De quem reparou que a roupa se rompeu.

E o rato se ria do rombo redondo da roupa roída do rei.

(Será que eu errei?)

TRAVA LÍNGUAS - Parte I

"Tal tatu ta tendo tremi-traco
Troca o treco por tramóia
Com a traquina da jibóia.
E a jibóia, que não bóia sempre zóia,
Tal tatu com seu trabalho
Tal qual paca de soslaio".

Vociferando

Mais um post sobre VOZ, nessa sexta-feira pela manhã eu e Maiara conversando pelo MSN recordamos os trava-linguas que já conhecemos dos encontros de sábado e nisso inciei uma pesquisa na internet sobre estes, até que achei um link muito legal, vou disponibilizar um trecho do que achei nesse link e deixo o endereço abaixo pra quem se interessar beleza?!?!?

"Cada indivíduo tem suas próprias características vocais. Entenda como estabelecer uma relação mais íntima entre a voz e o ator. É comum pensar separadamente sobre as ações corporais e verbais que o ator irá desenvolver para um determinado espetáculo. Quando se trabalha o corpo, uma série de exercícios e laboratórios são utilizados para a construção da personagem. Com a voz, no entanto, essa tarefa costuma resumir-se apenas a um trabalho de aquecimento. É claro que esses exercícios de empostação, dicção e aquecimento são imprescindíveis para a articulação do ator e preservação de sua voz".

"A rouquidão pode acontecer quando ocorre uma empostação inadequada ou há pouca lubrificação da garganta e das cordas vocais. Se você sente algum desses sintomas(rouquidão, falta de ar, incômodo na garganta) consulte um otorrinolaringologista ou um fonoaudiologista para iniciar o trabalho de aperfeiçoamento da voz. Os limites da sua voz são facilmente percebidos quando se sente alguma dificuldade. Portanto, pratique e conheça si mesmo".

Aquecimento e Empostação:
1) Beba um copo d'água e aguarde alguns minutos para começar.
2) Com a boca fechada, faça um bico e sorria, alternando esses dois movimentos por 30 segundos.
3) deslize a língua por toda a boca, sobre os dentes e a gengiva, provocando bastante salivação.
4) Com a boca fechada e os lábios relaxados, inspire e solte todo o ar lentamente, de modo que os lábios vibrem e soltem um som parecido com "PPPP" (repita várias vezes).
5) Com a boca fechada e a lígua sobre o céu da boca, solte o ar lentamente, de modo que se produza um som parecido com "Trrrrr" (repita várias vezes).

Dicção:
1) Após aquecimento, leia algum texto pausadamente, em voz alta.
2) Leia o mesmo texto, apenas articulando as palavras, sem emitir som.
3) Leia o mesmo texto com uma caneta na boca, como se a estivesse mordendo.
4) Leia o texto novamente, em voz alta. Perceba a diferença

Alguns cuidados com a voz:
1 - Evite fumar (qualquer coisa) ou inalar drogas - causam irritação nas pregas vocais.
2 - Evite café, mate e bebidas gasosas antes de exposições vocais prolongadas - provocam ressecamento das pregas vocais.
3 - Ingira bastante água em temperatura ambiente - propicia maior hidratação das pregas vocais.
4 - Chocolates, amendoim e pipoca aumentam a secreção de muco, provocando pigarros - evite comê-los antes de exposições orais.
5 - A maçã tem ação adstringente e auxilia na limpeza da boca e faringe - favorece uma boa emissão vocal.

Muitas outras dicas bem legais no site: O Palco.
Uma abençoada sexta-feira, ótimo final de semana!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A importância da voz.

Pra encerrar nossa sexta-feira ainda falando de voz, alguns trechos de uma matéria bem legal com a atriz Denise Weinberg, sobre a importância da voz.

"A fono é importantíssima no trabalho do ator. Normalmente nós temos vícios e maneiras de falar adquiridas na vida durante a nossa infância, na nossa educação, que ficam impressos na nossa prosódia. Nós não temos consciência deles, então o trabalho da fono é limpar essas áreas complicadas, melhorar o corpo e o tônus da voz, trabalhar a projeção, enfim tudo que é necessário para que o aparelho vocal do ator sirva como um instrumento perfeito para sua expressão".

"Eu acho que existe um "gap" entre corpo e voz. Muitas vezes o ator está falando uma coisa e o corpo outra. Primeiro temos que colocar os dois na mesma sintonia, para depois podermos até separá-los".

"Penso que os jovens atores têm que ter essa preocupação na emissão, na compreensão, na projeção e só com ajuda de um profissional (fono) é que esse processo pode ser desenvolvido, mas tem que ser desenvolvido durante uma vida inteira". (Denise Weinberg - atriz)

Matéria completa no site: Voz e Fala.

Bom final de semana pra todos!

Dicas e cuidados

O livro "Voz Ativa - Falando Sobre o Profissional da Voz", "traz o mais completo estudo sobre os cuidados que os profissionais devem tomar com a voz". Vejam por exemplo, algumas das situações que devem ser evitadas.

Evite:

Fumo e bebidas alcoólicas;
Uso de pastilhas (mascaram a dor, anestesiando a garganta);
Uso de roupas muito apertadas (prejudicam a respiração, comprimindo o diafragma);
Consumo de bebidas geladas (causam choque térmico);
Mudanças bruscas de temperatura (causam choque térmico);
Falar em ambientes muito ruidosos;
Falar por períodos muito longos;
Emitir sons excessivamente agudos ou graves;
Alimentar-se demais (o estômago pode prejudicar o diafragma na respiração);
Ambientes com ar condicionado (resseca as vias respiratórias);
Ingestão de chocolate (aumenta secreção de muco, produzindo pigarro);
Pigarrear e tossir;
Praticar exercícios falando;
Gritos e riso em alta intensidade.

Estudos sobre a Voz


Alguns trechos de estudos que encontrei sobre um dos nossos estudos do semestre, a extenção do corpo: A VOZ!

"A voz humana é produzida pela vibração do ar que é expulso dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas pregas vocais e é modificado pela boca, lábios e a língua".

Voz na Arte: Uma Contribuição para o Estudo da Voz Falada no Teatro

"O ator é o profissional que transmite ao outro a obra escrita. É, grosso modo, um co-autor, pois consegue dar vida a personagens retirados de textos escritos. Assim, o texto imprimido, composto por um grande número de letras, vocábulos e frases, transforma-se em um continuum sonoro, enriquecido por uma interpretação rica de nuanças, conteúdo emocional, veracidade, entre outras características".

"A voz é o instrumento do ator. O timbre vocal (sua qualidade natural) se enriquece com o aproveitamento de todo o seu potencial: ressonância, articulação, pronúncia e dinâmica vocal".

"O primeiro som que surge na glote[3] assemelha-se a um "cochicho", ganhando corpo sonoro à medida que alcança as cavidades de ressonância, que funcionam como verdadeiros amplificadores. Ocorre que, muitas vezes, estas cavidades são mal aproveitadas, tornando empobrecido o " timbre" vocal".

"A articulação é importante para a produção da fala. A voz articulada produz sons lingüísticos, sílabas, palavras e sentenças que serão utilizados na elaboração e na transmissão do pensamento. A fala fica normalmente prejudicada quando a ponta, o dorso e a raíz da língua localizam-se em um ponto que não corresponde ao som do fonema desejado".

Pra quem quiser ler mais: Voz Humana e Voz na Arte.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dia do ator!

Hoje, dia 19/08 é considerado o dia do ator. Não sabia dessa data, e ainda não consegui achar uma explicação para a comemoração, mas fiquei feliz em saber do dia, por isso passo aqui para deixar uma homenagem a cada um do grupo, e para outros atores que por aqui passarem, é um texto que li em referência ao dia escrito por um grande ator. Espero que gostem! Parabéns a nós!

Antonio Calloni escreve texto em homenagem ao Dia do Ator

"Antonio Calloni, que também é poeta, escreveu especialmente para o blog homenageando os atores. Hoje é Dia do Ator. Confira.

Ser ator é realmente uma profissão de maluco, fascinante. A poética do ridículo, o brincar de faz de conta, o infindável universo onírico infantil e a tremenda cara de pau fazem com que os atores encantem - pelo seu poder de transgressão, pela sedução, pelo poder de conscientização, pela capacidade de simplesmente entreter e pela mágica de poder ser quase todo mundo - aos que os assistem e sonham junto com eles.

Lemos Diderot, Stanislavsky, Grotovsky, Maierhold, D. T. Suzuki e uma infinidade de outros livros (todos fundamentais). Ouvimos muita música clássica para apurarmos nossa noção de ritmo, de cor, de intensidade. Ouvimos samba, pagode, MPB, música sertaneja e o diabo a quatro, graças ao bom Deus. Graças a obrigatória falta de preconceito para ver e viver a vida como ela é (obrigado, grande Nelson!) e poder reproduzi-la, e, melhor ainda, recriá-la como uma pintura, que quase sempre é mais rica do que uma foto. Vemos (com o corpo inteiro) pinturas de Bosch, Goya, Velásquez, Max Ernst, para tentar compreender alguns mistérios da vida, para provocar nossos sonhos, ou, para nada. Só para ver mesmo. Que bom!

Conversamos com o Zé que vende coco no quiosque da praia e notamos um gesto diferente, um ritmo novo, outras possibilidades de comportamento e de comunhão com a vida. Observamos sem pensar. Viva o Zé! Precisamos dele. E depois colocamos uma armadura e dizermos que somos cavaleiros da Távora Redonda, dizemos que somos bons, que somos maus, que somos bons e maus, que somos gente. É uma profissão que deveria se iniciar logo que a pessoa começasse a falar e a ler, e terminar no início da adolescência, já que os adolescentes têm verdadeiro horror a pagar mico. Mas não, o maravilhoso complexo de Peter Pan nos acompanha pelo resto da vida e passamos a nos comportar como crianças relativamente adultas. E aí entra a poética do tempo que estará sempre a nosso favor.

Fazer um bom trabalho de ator é sempre muito arriscado, mesmo que o personagem seja comum, simples, cotidiano. É mais arriscado ainda. É raro, mas acontece de ver um ator dizendo que está arriscando quando na verdade está fazendo um trabalho histérico e fora da medida. No caso de uma novela, geralmente as pessoas se acostumam e até passam a gostar. O erro faz parte do show, eliminá-lo é impossível, diminuir a margem de erro através do estudo, dedicação, e, principalmente, leveza e bom humor, talvez seja o melhor caminho. Cada um escolhe o seu.

É uma profissão generosa, democrática e acolhedora. Qualquer um pode ser ator, basta saber falar, andar, ler e ter o juízo mais ou menos perfeito. Todos têm direito a tentativa e ninguém tira o lugar de ninguém. Fazer um bom trabalho de ator, permanecer digno praticando o ofício já são outros quinhentos, não é para qualquer um. A consciência de que somos inevitavelmente precários por sermos humanos pode ser um grande estímulo para fazermos trabalhos grandiosos. Viramos heróis, mendigos e uma infinidade de outros
personagens para, entre outras coisas, vencer a morte (êta coisinha incômoda). E, no final, conseguimos rir de nós mesmos.

Quero, por fim, agradecer aos meus nobres e loucos companheiros atores por percorrerem esse caminho inventado e que aumenta a vida, o prazer e o sonho. Quero agradecer aos grandes atores que já superaram o estágio dos adjetivos e conquistaram a liberdade plena da criação. Qual o adjetivo para Fernanda Montenegro, para Laura Cardoso? Quero agradecer também aos que estão começando, aos que estão terminando (se é que isso é possível) e aos que estão por vir.

Sou ator, acho que isso quer dizer alguma coisa.

Evoé!"

Fonte: O GLOBO

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cálice, cavalo, menino e fogo.

Parte 1 –



Parte 2 –



Com base no texto de Rubens Corrêa e influenciados pelo estudo do corpo. Nenhuma palavra e um universo de expressões e simbologia.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Feliz Dia dos Pais!

Música do Fábio Junior (PAI), uma música linda e uma forma diferente de homenagear os pais de todos! Parabéns!



A figura paterna é movida pela seriedade e fortaleza que trazem a segurança do lar. Em contrapartida toda a sensibilidade e carinho regados pelo amor fraternal! Por tanto a todos os pais um FELIZ DIA DOS PAIS!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Grupo Corpo

Assisti essa matéria no Jornal da Globo e achei incrível, espero que gostem, para saber mais acesse o site do Jornal da Globo.

"Na sua mais recente coreografia o celebrado Grupo Corpo partiu de um princípio simples: o dos opostos que se atraem, como um imã, o título do espetáculo em cartaz em São Paulo".

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Estudos do corpo - Parte IV

Método de Stanislaviski

Constatin Stanislaviski foi ator, diretor, estudioso e criador de técnicas teatrais. Fundador do Teatro de Arte de Moscou. Buscou em suas obras um realismo que denominou realismo espiritual, um despojamento de falsas convenções e a criação sobre o palco de uma vida mais verdadeira e mais emocionante.

Sistema - O núcleo deste sistema está na chamada “atuação verossímil”, sendo importante a formação total – intelectual, espiritual, física, emocional.

A Base do Método - É a emoção específica do personagem. O ator deve buscar, por todos os meios, sentir as ações como a personagem sente. O ator usa sua própria emoção na busca da emoção da personagem. Sendo que a situação é criada e levada para fora da cena, a personagem vive aquilo e remete o sentimento ao entrar e sair de cena.

Ação Física - Baseia-se numa premissa de toda a emoção flui independente da vontade, uma ação gera uma outra ação.

Ação Psicofísica - a ação propositada, onde a ação é intencional e não intuitiva, no lugar de ver as emoções conduzindo a ação é a ação propositadamente representada para chegar aos objetivos da personagem que é o caminho mais direto para as emoções.

Diz Stanislaviski: "Crie seu próprio método. Não seja dependente, um escravo. Faça somente algo que você possa construir. Mas observe a tradição da ruptura, eu imploro”.

Estudos do corpo - Parte III

Meyerhold - Biomecânica

Estilo popular: tende a improvisação, o gesto domina a palavra, a ação prescinde de motivação psicológica, aperfeiçoa um estilo cômico. Com o domínio corporal total, sentido profundo de ritmo, economia de movimentos sendo estes racionais torna-se uma arte pura, livre.

O ator de Meyerhold é um acrobata (canta, dança, aperfeiçoa a linguagem dos gestos e possui um corpo profundamente exercitado).

A biomecânica é citada comouma tarefa educativa para o homem do teatro novo. Exige racionalização de cada movimento do ator. É necessário exprimir os sentimento através de uma ação física, devendo comportar apenas movimentos naturais e racionais.

Deve-se responder aos reflexos, reproduzir com auxílio do movimento e da palavra a situação proposta do exterior. O jogo consiste coordenar os modos de expressão que são elementos da representação, que comporta três fases: intenção (autor, diretor ou mesmo ator), realização (reflexos) e reação (atenuação do reflexo e propagação de nova intenção).

O ator deve possuir a virtude de ver-se como num espelho, o que ele (o ator) tem de mais precioso é a sua individualidade.

A lei fundamental da biomecânica é simples:

- O corpo inteiro participa de cada um dos nossos movimentos.
- Compreendido isto nos restam estudos, exercícios, aperfeiçoamento.
- O figurino faz parte do corpo.
- Saber se controlar (tempo) pausas.
- Insatisfação em si mesmo, somente os amadores sempre estão insatisfeitos.
- O artista nunca para de estudar.
- O essencial na arte é a simplicidade.
- Evitar o generalismo.

Meyerhold criou o teatro de "linha reta": o autor, diretor, ator, público são criadores absolutos do fenômeno teatral (imaginação - teatralidade).

Estudos do corpo - Parte II

Rudolf Laban

Arquiteto, filósofo e coreógrafo Rudolf Von Laban formulou um sistema de observação, experimentação e análise do movimento teoricamente complexo e poético.

O Método - faz parte da revolução contra os princípios clássicos que começavam a ser dissipados no início do século XX. Por não aceitar o vazio presente nas peças de teatro e dança da sua época, trouxe para seu trabalho os resultados das próprias paixões e lutas interiores sociais. Seu metódo compreende os fatores universais do movimento nas diferentes dinâmicas em que se manifesta. Sendo eles, os quatro fatores: força/peso, espaço, tempo e fluência. Sendo que estes definem oito dinâmicas de movimento (flutuar, deslizar, tremer, sacudir, torcer, pressionar, bater e chicotear).

Kinesfera - é a denominação que Laban cria para a esfera que delimita o limite natural do espaço, no entorno do corpo do ser movente. É delimitada espacialmente pelos alcances dos membros e outras partes do corpo (estejam em movimento ou não).

Expressão do movimento - o melhor método de desenvolver a capacidade de usar o movimento como meio de expressão no palco, é executar cenas com movimentos simples.

Dança coral - nomeando e analisando cada elemento e o conjunto das possibilidades do movimento humano, estabeleceu o vocabulário da dança e liberou os bailarinos para compor coreografias de dentro para fora.

Labanotation - um sistema de sinais gráficos criado para registrar movimentos, os seus diagramas são linhas verticais e horizontais, diagonais, tracejadas ou cheias.

As concepções expressas por Laban sobre o movimento humano causaram grande impacto e passaram a influenciar os trabalhos desenvolvidos em áreas como Educação, Psicologia, Teatro, Dança, Música, Artes e Educação Física.

Estudos do corpo - Parte I

"A Expressão Corporal, método e prática" (Claude Chalanguier e Henri Bossu)

O corpo fala e se significa, a essência da palavra está na articulação. Ter a imagem do seu corpo significa entrar no esquema do seu corpo, integrar com a disponibilidade motora numa direção de existência desvendada por símbolos.

Metodologia - Técnica (descoberta do eu), relaxamento (situa entre técnica e criatividade) e criatividade (a saída de sí mesmo, eixo da existência).

O reconhecimento do corpo se faz com a mobilização deste, indo além dos movimentos cadenciados da vida cotidiana. É permitido que o corpo explore e adiquira domínio de suas infinitas possibilidades de movimento. Descarta as mesmisses e constitui uma liberação do dinamismo vitale imaginário no jogo corporal.

O corpo sente - tomada de consciência e controle total da respiração, despertar de todos os sentidos (vista, ouvido, tato, ...). A respiração inscreve-se no rítmo do sentir, pois constitui a vida de todo movimento, seja no recolhimento, na espontaneidade dos gestos e da voz, ou num encontro com outrem.

O corpo existe, o corpo encontra - Improvisação espontânea da pessoa a partir de seus próprias sensações e das imagens simbólicas que as animam. O trabalho de comunicação com outrem, um retorno as origens do comprometimento do homem com o mundo.

O corpo cria e significa - criação e vida das formas expressivas a partir de um espaço rítmico.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amigo verdadeiro é Anjo, é Paz, é Tudo.

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Porque amigo é aquele que se cala nas horas certas
e dentro desse silêncio nos diz tudo...

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Porque amigo é um Anjo que está sempre ao nosso lado
mesmo que na distância.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Porque amigo é aquele que nos aceita,
não pelo que temos mas pelo que somos!

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.

Porque amigo é aquele que compartilha nossas alegrias
e minimiza nossas tristezas.

Há duas formas para viver sua vida :
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Feliz Dia do Amigo!



Dia 20 de julho, dia do Amigo, e como acredito no teatro como uma arte coletiva, uma arte em grupo. Posso afirmar que é no teatro que consolidamos grandes amizades, pelo menos essa é a realidade em que estou inserido, mergulhando de cabeça em amizades valiosissimas.

(Um MIX de Textos de Autores Desconhecidos)

domingo, 19 de julho de 2009

The Confessions Tour

Madonna - Get Together (Digitally Real Concert Audio)



Vídeo da turnê da Madonna onde ela utiliza a coreografia de seus bailarinos para representar a figura de um cavalo.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

MERDA!!!!

Merda???

Acho que muitos já ouviram atores desejando entre si "Merda" ou "Quebre a Perna" ao invés do puro e simples "Boa Sorte", mas de onde surgiu essa tradição? Encontrei uma explicação interessante e alguns depoimentos de atores, vamos ver:

Segundo lendas desejam MERDA antes do espetáculo iniciar, pois é uma tradição que veio da França de antigamente, um espetáculo de sucesso era aquele em que as praças em volta do teatro ficavam cheias de merda dos cavalos que esperavam seus donos saírem. Sendo assim quanto mais merda, mais espectadores assistindo, mais sucesso...

Alguns atores apresentam histórias diferentes, vejamos:

Marisa Orth, 42 anos, atriz
“Acho que o hábito de se falar merda antes de entrar em cena está ligado ao fato de que o trabalho é meio sujo, temos que lidar com a antivaidade. Se você entrar no palco querendo parecer chique não conseguirá relaxar e fazer o tem que fazer. Para quem está em cena, vergonha pouca é bobagem! Para mim a expressão vem de 'cagada', que significa sorte.”

Fernanda Dumbra, atriz
“Não uso a expressão 'merda'. Meus amigos muitas vezes me desejam merda antes de entrar em cena, mas eu não tenho esse hábito, nunca digo merda para eles. Confesso que não entendo muito essa expressão, não faço a menor idéia do seu significado. Acho que quer dizer boa sorte, alguma coisa nesse sentido. Mas eu mesma nunca desejei merda a ninguém!”

Guta Stresser, 32 anos, atriz
“Desejo 'merda' antes de entrar em cena por dois motivos. Primeiro porque acho que é um mantra, os atores falam isso há muitos anos, é uma coisa que passa de geração para geração. Comecei no teatro aos 13 anos e sempre segui esse ritual. O segundo motivo é porque adoro a lendazinha que explica essa expressão. Ouvi dizer que, uma vez, um ator francês estava indo para o teatro, fazer a peça mais importante da vida dele. Ele estava supernervoso, os críticos mais importantes estariam lá. Só que, no caminho, tudo começou a dar errado. Ele teve que passar por um incêndio, errou o caminho, enfim, quase não chegou. Quando já estava na porta do teatro, ele pisou num cocô, para completar sua péssima situação! O supreendente é que depois de tudo isso e de ter pisado na merda, foi a melhor apresentação que esse ator já fez. Então o que eu entendo é que você tem que desejar merda pra acontecer o contrário, para virar sorte.”

Camila Pitanga, 28 anos, atriz
“Para mim ‘merda’ não tem nenhum significado, merda é merda! Até desejo antes de entrar no palco, mas nunca parei para pensar por quê. Tem gente que diz que pisar na merda dá sorte, acho que pode ser. Achei muito engraçado vocês me perguntarem isso!”

Dan Stulbach, 36 anos, ator
“No teatro se diz 'merda' para desejar sorte. Faz parte da tradição também nunca agradecer. Ao ouvir 'merda', você responde 'merda', e assim vai. Pelo que lembro, teve início na França. Na Inglaterra se diz 'break a leg', quebre a perna. Nunca desejamos sorte, apenas.”

Gabriel Braga Nunes, 33 anos, ator
"No teatro, a expressão 'merda' antes de entrar em cena significa 'boa sorte'. Dizer 'boa sorte' dá azar. Agradecer quando o colega te diz 'merda' também dá azar. O azar só vale para a apresentação daquele dia, não é cumulativo; e é pessoal e intransferível. Até onde sei, o significado é esse para todos os atores, pelo menos para os que eu conheço. No entanto, já desejei muito 'boa sorte' e agradeci muita 'merda' e nunca fui vaiado em cena. Mesmo assim, é carinhoso ouvir 'merda' da boca do colega."

Fonte: Revista TPM e Blog Mouhamed Harfouch.

Enfim, seja como for: MERDA PRA TODOS NÓS!!!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Incêndio!

O elemento instigante que cria significado através da figura do fogo me deixou inquieto e me fez mudar de opinião por algumas vezes sempre seguindo a teoria de Tom Zé: "Tô te explicando pra te confundir". A cada nova explicação uma nova complicação. Mas com o tempo fui compreendendo.

O fogo é símbolo de misticismo, de religiosidade, de crenças, de credos.... "Durante milhares de anos o fogo foi assunto de mistério, medo, superstição e adoração. Os homens primitivos associavam fogo a catástrofe. Muitas vezes eles se apavoravam ao ver raios incendiando florestas e vulcões em erupção, transformando as paisagens num inferno de lava incandescente. Ainda hoje, quando sentamos perto de uma fogueira, nossa imaginação cria estranhas visões nas chamas ardentes." (Fonte: Sala de Física).

Mas fui compreendendo este símbolo na composição do ator como sendo a vontade de estar em cena, é aquele querer demais, gosto de enunciar este como sendo o TESÃO por fazer qualquer que seja a ação. Não sempre de maneira explosiva, é possível demonstrar o fogo em ações pequenas, mas que representem algum tipo de vontade de forma clara.

E por isso fui pesquisar, e quando menos imaginava, encontrei, buscando algo totalmente diferente... Vejam o vídeo abaixo e tentem sentir mais que dois bailarinos querendo dançar, pelo menos vejo assim, vejo mais que dois artistas querendo fazer artes... Vejo dois seres humanos querendo e muito viver... Vejo o fogo na vontade, na superação, na coragem, na determinação pra chegarem onde estão e fazerem as lágrimas de quem assiste saltar dos olhar, a garganta embargar numa engasgada de um misto de sentimentos, acho sim que meu cálice também está falando alto, mas reparem o FOGO imerso em cada letra digitada, acho que pra mim fica claro o que é QUERER FAZER, o fogo está incendiando este palco...



Espero ter ajudado! Sempre colocando meu ponto de vista e o resultado de estudos, mas a disposição para juntos dividirmos o conhecimento e aprendermos ainda mais!!!

SEMPRE!


Até!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Espelho Espelho meu...

Afinal das contas quem serás que sou eu? "Eu não sei na verdade quem eu sou,Já tentei calcular o meu valor,Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...Por que a gente é desse jeitocriando conceito pra tudo que restou?" (Segundo O Teatro Mágico)

Mas enfim, voltando aos nossos estudos e contribuindo com pesquisas sobre o elemento: o Cálice. Estudando e tentando decifrar os códigos do símbolo Cálice para a formação do ator me deparei em constantes contradições, a simplória afirmação do autor (Côrrea) que instigava o cálice como sendo simplicidade e técnica me fizeram refetir por alguns dias... Hoje vim até o blog para querer dividir com quem passar por aqui o que sinto com relação a este elemento.

O Cálice é (como já havia mencionado) "o mais complexo para mim, trata-se de essência, simplicidade e técnica. Trabalhar com o cálice envolve os nossos próprios sentimentos enquanto seres humanos, aqueles já sentidos em nossa vivência. Vejo o cálice mais claro principalmente depois dos estudos sobre stanislaviski (o ator concentrando suas emoções no trabalho de criação do personagem)".

Pensando assim busquei o cálice como forma ilustrativa e não há figura que melhor poderia representá-lo senão a de um cálice mesmo, Não não, brincadeira.
Indo de acordo com a significação que fiz anteriormente, não há outra figura senão a de um espelho, que reflete aquilo que sou (fisicamente), mas que faz atingir também quem sou interiormente.

Foi através dessa pesquisa que encontrei a seguinte frase, de autor desconhecido: "A forma e o reflexo se observam. Tu não és o reflexo, mas o reflexo és tu." E ainda mais encontrei um texto de Machado de Assis, chamado "O Espelho" que mostra muito o que compreendo nesta etapa de estudos.

O texto retrata a história de um rapaz que torna-se representante das forças armadas e todo o poder dado pela farda que lhe vestia fez seu ego ser seu principal representante, até que diante do espelho começou a notar que transformou-se em duas pessoas, uma interna e outra externa (aquela que se gabava do que se tornou), mas que mesmo com aquela roupa, ou qualquer outra continuava tendo uma essência. Aconselho que leiam o texto completo, vou colocar um link, mas vou dispor um trecho do qual achei muito interessante:

"- Vão ouvir coisa pior. Convém dizer-lhes que, desde que ficara só, não olhara uma só vez para o espelho. Não era abstenção deliberada, não tinha motivo; era um impulso inconsciente, um receio de achar-me um e dois, ao mesmo tempo, naquela casa solitária; e se tal explicação é verdadeira, nada prova melhor a contradição humana, porque no fim de oito dias deu-me na veneta de olhar para o espelho com o fim justamente de achar-me dois. Olhei e recuei. (...)

- Lembrou-me vestir a farda de alferes. Vesti-a, aprontei-me de todo; e, como estava defronte do espelho, levantei os olhos, e... não lhes digo nada; o vidro reproduziu então a figura integral; nenhuma linha de menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o alferes, que achava, enfim, a alma exterior. Essa alma ausente com a dona do sítio, dispersa e fugida com os escravos, ei-la recolhida no espelho. Imaginai um homem que, pouco a pouco, emerge de um letargo, abre os olhos sem ver, depois começa a ver, distingue as pessoas dos objetos, mas não conhece individualmente uns nem outros; enfim, sabe que este é Fulano, aquele é Sicrano; aqui está uma cadeira, ali um sofá. Tudo volta ao que era antes do sono. Assim foi comigo. Olhava para o espelho, ia de um lado para outro, recuava, gesticulava, sorria e o vidro exprimia tudo. Não era mais um autômato, era um ente animado. Daí em diante, fui outro. Cada dia, a uma certa hora, vestia-me de alferes, e sentava-me diante do espelho, lendo olhando, meditando; no fim de duas, três horas, despia-me outra vez. Com este regime pude atravessar mais seis dias de solidão sem os sentir..."
(Fonte - texto completo: Domínio Público)

Não sei se fica claro, mas enxergo uma personagem nessa história que se sustenta numa vida de aparências e que esquece do que é, mas que tudo se desaba quando se vê só, pois aí redescobre sua verdadeira essência e pode até contemplar que toda aquela pose que tinha, os amigos e demais que os cercavam não eram verdadeiros, pois sua essência é só, a solidão. Claro que isso não se aplica a todos os seres humanos, mas acho legal a analogia de identidade interna e externa que criamos ao decorrer da vida e isso forma nossa essência e conduz nossas vivências, sei lá se acertei com a indicação do texto, mas é que mexeu comigo, achei legal dividir.

Por enquanto é isso!

sábado, 11 de julho de 2009

Partituras

"Uma partitura é uma representação escrita de música padronizada mundialmente. Tal como qualquer outro sistema de escrita, dispõe de símbolos próprios (notas musicais) que se associam a sons."

Fonte: Wikipedia.

"(...) partitura corporal, que pode ser entendida como a composição do movimento expressivo como estrutura fixa e repetível, aplicada dentro de uma metodologia que respeite individualidades, unindo facilidades e limitações e fugindo do que até hoje observamos em alguns treinamentos de hiper-codificação, sejam eles da dança clássica ou mesmo qualquer outra atividade física esportiva, nos quais o standard do resultado final é muito mais importante que o processo formativo e compositivo. A arte do movimento liberta de um academicismo que a torna inacessível à maioria das pessoas, mas realizada através de técnicas e conceitos bem fundamentados, como fomentadores de experiências, e guias que orientam para uma descoberta pessoal das habilidades, mostra que não se resume apenas ao aprendizado de técnicas e estilos, pois abrange um contexto mais elevado do que as simples classificações performáticas."


MAIS....
PARTITURA corporal ou poesia CORPÓREA
(TIEPO à atriz vera LUZ)

Equalizar gestos e movimentos
permitir o devir
que as viceras o sintam
o torpor
o relaxo das flutuações emotivas

precisar a ação no espaçotempore
vestir máscaras em ritmos distintos

revelar o organismo das representações
arte de não-interpretar
do ser/estar

transmitir com o olhar
a fectações imediatas
perturbar

comunicar pontos de fuga
atuar na zona de conflitos

eis a tarefa artística do atleta das emoções.

Inspirando para compor...

Depois de estudos teóricos é sempre importante conhecer e deixar inspirações chegarem através das mais diversas formas. Como estou de férias (da faculdade e trabalho) tenho trocado o dia pela noite e muitas vezes me pego a estudar e conhecer através de novas ferramentas de comunicação como youtube e twitter, assim, através disso tenho me inspirado para poder então compor...

Espero de alguma forma contribuir com estes vídeos....



O cavalo reune várias emoções e qualidades: liberdade, força, beleza, equilibrio, agilidade, dentre outras tantas... E tudo isso intensifica ainda mais nossos estudos sabendo que ao nos referir a figura de um cavalo estamos metafóricamente estudando nosso corpo humano, suas articulações, movimentos, equilibrio, beleza, força e tantos outros elementos...



Acho que a música Aquarela (Toquinho) simboliza em tudo o que Corrêa sintetiza como a figura do menino na construção do ator/do ser humano. É acreditar fielmente naquilo que se faz, é não pensar em como simplesmente fazer, é não ver um obstáculo em tudo mas sim uma oportunidade para testar... ("E se faço chover com dois riscos faço um guarda-chuva" "se um pinguinho de tinta cair num pedacinho azul do papel logo imagino uma linda gaivota a voar no céu") É ser simples e realizar! Acho que isso inspira muito e nos livra de alguns pré-conceitos na hora de trabalhar nosso menino!

Por hoje é só... Volto logo mais pra dividir meus estudos!

Um ótimo final de semana!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Provocação II

" O invisivel esconde se no visivel "
Paracelso

COMENTEM!

Grupo de dança mistura dança, humor e acrobacia

Pilobolus vai se apresentar em seis cidades do Brasil.




"Eles são apenas sete. Um grupo dos Estados Unidos, que existe há quase 40 anos, misturam várias formas de dança com acrobacia, humor, mímica, efeitos especiais. Podem até dançar deitados. Este é o Pilobolus, que vai se apresentar cinco peças em seis cidades do Brasil. Quando estão no palco apenas para um aquecimento, parece que tudo é apenas uma brincadeira. Por exemplo: o que se pode fazer com cadeiras, além de sentar, claro! Não para o Pilobolus. Quando é pra valer, as cadeiras viram outras coisas. Por causa do prestígio da companhia, quando anunciaram uma seleção pra três vagas, apareceram mais de 400 candidatos".

Matéria completa no site: Fantástico.

Assisti este vídeo no programa Fantástico ontem (17/05/09) e achei muito legal, é um grupo de dança, mas achei pertinente divulgar o trabalho corporal que eles fazem porque em muito se adequa ao nosso trabalho teatral. O corpo é realmente fascinante. E ver os estímulos, por mais que sejam simples, como é uma cadeira, se transformando em verdadeiros espetáculos.
Adorei!

terça-feira, 28 de abril de 2009

A junção desses elementos: surge o ator


Preservando o Cálice, domando o cavalo, estimulando o fogo e soltando o menino, o artista está preparado para viver e criar uma vida bela e uma obra util para a coletividade. E isso é tudo meus anjos!

domingo, 26 de abril de 2009

O Menino

A última parte do texto de Corrêa.

Recado aos jovens da CAL*
Rubens Corrêa



O MENINO

A recuperação da liberdade da infância através da vida adulta foi sempre uma das minhas metas; a criança é uma fonte incrível de informação artística - e a criança que nós fomos recuperada através do nosso lado lúdico tão atrofiado pelo correr dos anos – pode nos servir de guia, mas um guia muito especial, que caminha alegre e despreocupado, que sabe descobrir o mágico dentro do cotidiano, intuitivamente

Um grande exemplo da presença do menino dentro de um artista está na figura e na obra do pintor Pablo Picasso. "Eu não procuro, eu acho" afirmava o grande pintor. E essa fala denuncia o menino que Picasso levava dentro de si, que pintava cerâmica usando como base para o desenho a espinha do peixe que tinha comido no almoço, ou fazia fantástica escultura aproveitando uma roda velha e quebrada de uma bicicleta encontrada na estrada durante seu passeio matinal. O menino traz alegria e descompromisso racional para o trabalho artístico. No Passeio Público do Rio de Janeiro tem um menino-anjo esculpido num bebedouro (se não me engano de Mestre Valentim) com a seguinte legenda: "Sou útil, inda brincando". Essa é a lei e a sabedoria dos meninos.

Acho que preservando o cálice, domando o cavalo, estimulando o fogo e soltando o menino, o artista está preparado para viver e criar uma vida bela e uma obra útil para a coletividade.

* Aula inaugural da Cal (Casa das Artes de Laranjeiras) – Rio de Janeiro (RJ), em 12 de março de 1984. Reproduzida de uma apostila do autor.

domingo, 19 de abril de 2009

Não foi Prometido, mas veio Prometeu.

Prometeu representa a vontade humana por conhecimento, sua captura do fogo é a audácia humana pela busca de conhecimento e de compartilhá-lo.

A Prometeu teve um grande desafio junto ao seu irmão, porém fez uma audaciosa ação, roubou o fogo que assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Teve um castigo severo de Zeus, castigo este que devia durar 30.000 anos.

A história foi teatralizada pela primeira vez por Ésquilo no século V - a.C. com o título de "Prometeus desmotes" (Prometeu Agrilhoado/Acorrentado).

Vamos instigar nossos questionamentos, quem era irmão de Prometeu? Qual o seu desafio? Que castigo foi este?!?!

Quem souber compartilhe, quem não souber me avise, vamos pesquisar juntos!

Ah não se esqueçam da provocação: "O verbo se faz carne".
Até mais!

Hamlet X Macbeth

Um encontro de monstros... da literatura mundial. Esses personagens são de extrema importância para quem estuda teatro, por toda sua complexa construção e claro por serem das obras de um dos maiores dramaturgos de todo o mundo (William Shakespeare).

Importante para discussão e estudos teatrais, abro espaço então para uma breve introdução de suas características centrais e uma sinopse de suas histórias. Fiquem a vontade para levantar qualquer que seja o apontamento sobre estes.

Hamlet -
O protagonista desta obra é o Príncipe Hamlet, filho do Rei Hamlet e sobrinho do Rei Cláudio, irmão e sucessor de seu pai. Após a morte do Rei Hamlet, Cláudio casa-se apressadamente com a então viúva Gertrudes, mãe do príncipe. Num plano de fundo, a Dinamarca está em disputa com a vizinha Noruega, e existe a expectativa de uma suposta invasão liderada pelo príncipe norueguês Fórtinbras. A obra reconta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai Hamlet, o rei, executando seu tio Cláudio, que o envenenou e em seguida tomou o trono casando-se com a mãe de Hamlet. A peça traça um mapa do curso de vida na loucura real e na loucura fingida — do sofrimento opressivo à raiva fervorosa — e explora temas como a traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade.

Macbeth -
Macbeth e Banquo, ambos generais do exército do Rei Duncan, encontram um grupo de feiticeiras. Macbeth é saudado profeticamente como Guerreiro de Cawdor e Rei da Escócia ,e Banquo, como pai de um futuro rei. Um servo traz a mensagem de que "Sir de Cawdor" fora enforcado e que todas suas terras e título passam a Macbeth. No castelo, a ambiciosa Lady Macbeth lê com satisfação a carta de Macbeth relatando o ocorrido. O Rei Duncan passará a noite no castelo, e esta é a oportunidade que queria Lady Macbeth, persuadindo o marido a matar o Rei. Macbeth comete o crime, torna-se rei, mas vive inquieto com sua consciência e também com a profecia das feiticeiras, de que um filho de Banquo - e não seu - será rei. Ele e sua mulher planejam assassiná-lo. Um bando de assassinos mata Banquo, mas seu filho Fleance escapa.

Pra terminar, pode até parecer desnecessário citar quem foi o criador dessas duas obras, mas aqui o faço por uma questão de conhecimento e lembranças. William Shakespeare foi um dramaturgo e poeta inglês e um dos mais influentes no mundo ocidental. Suas obras que permaneceram ao longo dos tempos consistem de 38 peças teatrais, 154 sonetos, dois poemas de narrativa longa, e várias outras poesias. Suas obras são mais atualizadas do que as de qualquer outro dramaturgo. Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com freqüência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre suas obras é impossível não ressaltar Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a questão).

Vamos lembrar que o conhecimento nos leva além, vamos alimentar a alma com a arte e a mente com nossos estudos!

Ótimo domingo!
Ótima semana!